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Notícia


Roupa esportiva para além da academia

Praticidade e estilo de vida saudável favorecem moda fitness, que faz uso crescente de tecidos tecnológicos.

Antes restritas às atividades físicas, as roupas esportivas e de moda praia estão nas ruas, ambiente de trabalho e até na balada. Sorte das empresas do segmento, que para se adequar às exigências dos consumidores, precisam oferecer tecnologia nos tecidos e modelagens não apenas confortáveis, mas estilosas. Há 18 anos, quando cursava Moda, Ester Ferdinando encontrou no segmento uma oportunidade de negócio. “Fiquei motivada porque os maringaenses têm a cultura de prática esportiva e de cuidado com a saúde e porque o segmento, antes limitado a legging e camiseta, começava a passar por mudanças significativas ao agregar design, tecnologia e estilo. Seria um bom momento para apostar nesse mercado”, explica Ester. Foi assim que, em 2001, ela iniciou as atividades da Corpo Leve na sala de casa com a máquina de costura da mãe e com a ajuda da irmã, responsável pelas finanças. “Formamos uma empresa familiar, e minha função era desenhar as peças. No começo a produção era pequena, mesmo assim criamos a marca e abrimos a primeira loja, no shopping CIC HM, onde vendíamos roupas masculinas com as quais minha mãe já trabalhava”, conta. As peças fitness tiveram tão boa aceitação que após um ano a loja passou a ser exclusiva da marca Corpo Leve. Por consequência, a produção precisou ser ampliada da sala para a garagem da casa. Nesse período, o pai de Ester também se tornou sócio e assumiu a parte administrativa. Pouco depois, eles decidiram alugar uma pequena sala para estruturar a fábrica. “Lá foi possível colocar mais máquinas e contratar uma costureira para aumentar a produção”, lembra Ester. A pedido de clientes, os sócios decidiram revender moda praia, além de acessórios como viseiras, luvas de musculação e garrafa squeeze. “Incluímos biquínis e maiôs na produção, mas nosso carro-chefe é a moda fitness feminina”, conta Ester, citando que a marca tem peças de R$ 39 a R$ 119. Atualmente, a Corpo Leve tem outras duas lojas próprias, sendo uma no shopping Avenida Center e outra na avenida Américo Belay, onde funciona a fábrica, aos fundos. O marido de Ester também passou a atuar na empresa que, para manter a equipe enxuta, com oito colaboradores na fábrica e cinco nas lojas, passou a terceirizar modelagem, estamparia e costura. A criação continua sob responsabilidade da Ester, que avalia os resultados da coleção anterior e conversa com as vendedoras para entender os pedidos das clientes. Depois faz pesquisa de tendências e, só então, desenvolve as peças. “Também viajo duas vezes por ano para participar de eventos de moda. Nesse segmento é preciso se manter antenado”, comenta. O próximo passo será a abertura do e-commerce. Versatilidade Na Alto Giro, que tem 36 anos, o maior desafio é manter a agilidade para acompanhar as inovações e as mudanças de comportamento do consumidor. O diretor de Marketing, Edson Recco Filho, cita que com a rotina apertada dos clientes, a empresa decidiu produzir peças versáteis para serem usadas em atividades físicas e em outros ambientes ou afazeres. “Essa mudança coincidiu com o ganho de relevância das roupas fitness no universo da moda e com o fortalecimento dos segmentos wellness, que atende pessoas que buscam estilo de vida saudável. Com isso, as peças que eram feitas só com foco em atividade física precisaram ganhar mais funções para atender a necessidade do consumidor”, explica Recco Filho. Conforto e benefícios às peças passaram a ser prioridade e, para isso, a Alto Giro agregou tecnologia, como o tecido Emana, que trata celulite enquanto se faz atividade física. “Na última coleção também lançamos peças com Breeze, que resfria o corpo em até dois graus, e o tecido UP CO2, que é biodegradável”, ressalta. A marca conta com dez lojas próprias em vários estados, 38 representantes, dois mil pontos multimarcas e 510 colaboradores somente na fábrica. Há pouco mais de dez anos teve início o e-commerce. “Executamos todas as etapas do processo industrial e, assim, consegui mos manter o controle de qualidade. Os fundadores não imaginavam que a marca poderia atingir abrangência nacional e até internacional”. Do simples ao sofisticado A família da Ana Rita Canassa, que é a proprietária da Taquion, também acompanhou as mudanças do segmento. A história começou em 1993, quando o pai de Ana Rita fez mestrado em Florianópolis/SC. “Nossa família foi acompanhá-lo nesse período de estudos. Quando voltamos, ele e minha mãe decidiram trazer peças de uma marca de moda praia para revender em Maringá”, conta Ana Rita. O casal abriu uma loja em uma galeria, que não resistiu a uma crise no ano seguinte. O ponto de venda foi transferido para um quarto da casa e, mesmo assim, eles conquistaram resultados tão positivos que o fornecedor não dava mais conta de atender aos pedidos. A situação motivou a família a iniciar a própria fabricação, no final de 1994. “Começamos a produzir moda praia e peças de natação no fundo de casa. Meu pai fazia o corte e tinha uma costureira. Minha mãe cuidava das vendas e eu e minha irmã íamos para o clube desfilar as peças”, lembra Ana Rita. No ano seguinte a família abriu uma loja e incluiu moda fitness na produção. “Precisávamos de um produto para manter as vendas no inverno, quando caía a demanda por moda praia”, justifica. Nesse período o marketing de referência (boca a boca) ganhou força. “A qualidade e o mix de produtos levaram pessoas a indicar a nossa marca e, assim, fomos ganhando mercado”. Cinco anos atrás veio um período de dificuldade, o que exigiu mudanças como redução da equipe, terceirização de etapas da produção e a inclusão de representantes para venda no atacado. Atualmente, a Taquion conta com quatro lojas de varejo em Maringá, e atende no atacado a pronta entrega no local onde também funciona a fábrica. “Atuamos com e- -commerce há dez anos, mas somente no ano passado investimos nesse canal, que tem crescido muito”, comemora Ana Rita, que é gestora de pessoas e de estratégia. A Taquion também adere à tendência de tecidos tecnológicos, como proteção UVB e UVA, propriedade antibactericida que ajuda a eliminar odor, e fios High Cleo, mais resistentes ao cloro. Exclusividade Patricia Ogata Petry da Luz entrou no segmento de moda usando os maquinários que a mãe dela tinha para a produção de lingerie. “Primeiro fizemos uma peça para mim e, depois, produzimos poucas unidades para as amigas. Como a ideia surgiu de repente, não tinha recursos para investir, comprava tecido para fazer um biquíni, vendia e com o dinheiro fazia outro. Aos poucos, começamos a divulgar nas redes sociais, e observamos boa aceitação e um mercado promissor”, conta Patrícia. A produção da Logata começou há quatro anos. Além do design, Patrícia prioriza a qualidade ao utilizar tecidos com proteção UV, modelagens confortáveis e acabamento detalhado. Outro diferencial são os biquínis mãe e filha e kits para a família. “Temos variedades, mas se ainda assim o consumidor não encontrar o que espera, fabricamos pedidos específicos”. Com o crescimento da demanda pelas redes sociais, no ano passado a empresária decidiu abrir loja na avenida Cerro Azul e incluiu moda fitness no mix. A marca atende o público A e B com peças femininas, masculinas e infantis, pratica preços que variam de R$ 129,90 a R$ 199,90, tem e-commerce e emprega cinco pessoas. “Antes de desenvolver uma coleção, converso com os colaboradores que fazem contato direto com o consumidor, porque nem sempre o que está na moda agrada o cliente”. Para continuar crescendo, a empresária planeja abrir uma segunda loja, ampliar a fábrica e focar na preferência dos clientes.


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