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Feira de Imóveis, Móveis e Decoração será em setembro
Lançamento da Feira de Imóveis, Móveis e Decoração será nesta quinta na Acim
Acim lança campanha para fomentar comércio de rua
Impacta Maringá vai premiar projeto em prol dos ODS
Turismo de Maringá arrecadou mais de R$ 12 mi em ISS em 2023
Impulso aos negócios por meio da tecnologia
Com início na quarta, Mega Outlet deve receber 150 mil pessoas
Automação é realidade no varejo local
Retorno sobre o marketing: como fazer?

Há quem invista em mídia tradicional, outros focam em tráfego pago, mas independente do tipo de mídia, empresas precisam mensurar os resultados nesta área tão vital para o negócio Faz cerca de seis anos que a dentista Adriele Cristina de Freitas Stein, franqueada da Oral Sin Implantes em Maringá, Paiçandu, Jandaia do Sul e Mandaguari, faz anúncios em TV e rádio. “Lembro de fazer merchandising e imediatamente receber ligações de pessoas querendo agendar consultas. O mesmo era com o rádio. Com o tempo e principalmente na pandemia, percebemos uma adaptação do público. Agora o nosso investimento é mistura de online e off-line”, explica. Entre as principais estratégias adotadas por ela estão os anúncios em TV por meio de merchandising. “As pessoas gostam. Conseguimos participar ativamente até de ações solidárias, como a parceria com a Rede Massa em várias ocasiões, o que vêm ao encontro da nossa missão de levar o sorriso adiante, não somente por meio da reabilitação de dentes.” Para Adriele, o público – principalmente mulheres com mais de 55 anos –  precisa ver a empresa em tudo. Por isso, além de anunciar em TV, rádio e no digital, a Oral Sin realiza palestras em empresas; visitas técnicas; outdoors; e estandes em feiras. No online, a empresa se comunica pelo TikTok, YouTube, Google, Instagram e Facebook.  “Os dois maiores investimentos são em TV e Facebook. Na internet, temos vídeos que conversam diretamente com nosso público e ações alinhadas semanalmente. No off-line, o maior investimento é em merchandising com a intenção de facilitar a comunicação e levar conhecimento sobre o assunto”, diz.  Os resultados são medidos por meio de um sistema de gerenciamento. São informações dos valores investidos e retorno do negócio; da forma que o público procura a clínica – geralmente por WhatsApp e ligações; e contagem de cliques e views. Adriele conta que cerca 60% dos resultados do faturamento chegam a partir dos investimentos em marketing. “Nosso cliente dificilmente pega o telefone e liga. Ele clica no anúncio online. Acreditamos que uma mídia fortalece a outra, por isso estamos estrategicamente em todas possíveis. Temos uma agência em nível nacional para desenvolver estratégias, que estuda o público que queremos atingir, direciona e colabora com as ações.” Os outros 40% dos clientes vêm a partir de indicações. Por isso, a qualidade no atendimento funciona como marketing. “Temos programas em que nossos pacientes e funcionários são premiados por indicações”, conta.   Marketing digital Compreender o desempenho das ações de marketing envolve a definição de objetivos, ferramentas de análise e acompanhamento contínuo. E os resultados vão além do financeiro: cliques, visualizações, sentimento do cliente, reconhecimento da marca, aumento de audiência e outros parâmetros são alguns exemplos de retorno. No caso da Eletroluz, loja de materiais elétricos com sede em Maringá e dez unidades no Paraná, a grande aposta tem sido o marketing digital, especificamente tráfego pago, o que significa investir em plataformas de anúncios para aparecer com frequência, atraindo visitantes para os canais online a fim de converter vendas. Há um ano, essas estratégias eram executadas por equipe interna até a chegada de uma gerente de marketing que optou por contratar uma agência especializada. “Tem gerado resultados satisfatórios. Temos registrado melhor posicionamento, mais atendimentos e vendas”, diz a gerente de marketing, Lilian Soares. A estratégia definida em conjunto com a agência incluiu presença no Google Shopping, que aplica a tecnologia de pesquisa para ajudar a encontrar produtos de lojas online na web, e investimentos no maior  buscador online do mundo, o Google. A loja também está no Instagram e Facebook, onde tem desde anúncios com ofertas da semana a campanhas institucionais. O WhatsApp também foi implantado, facilitando e gerando “uma melhora exponencial no atendimento”, diz Lilian. “Começamos esse trabalho há um ano, e o investimento vem se pagando diante do número de vendas. Também investimos em ações com a Foco, nossa marca própria e distribuidora de materiais elétricos voltada para lojistas, atuando fortemente no marketing B2B”, finaliza.   Estratégias Especializada em marketing digital e recentemente focando no setor educacional, a Thor For Sales é que tem atendido o grupo empresarial de materiais elétricos. Segundo o sócio e diretor de marketing, Rodolfo Zambrin, o trabalho proporcionou Retorno Sobre o Investimento (ROI) de mais de 430% para uma das empresas do grupo nos últimos seis meses. Zambrin explica que a análise de ROI e do Custo de Aquisição de Cliente (CAC) é essencial para acompanhar os resultados de marketing de forma eficaz. “O ROI é calculado considerando a receita gerada por uma ação de marketing subtraída dos custos envolvidos, dividida pelo custo total do investimento e multiplicada por 100 para se obter o percentual de retorno. Já o CAC envolve somar todos os custos de marketing e vendas e dividi-los pelo número de novos clientes,” detalha. “Utilizando essas métricas, podemos avaliar a eficiência das campanhas de marketing. Por exemplo, se o ROI for positivo, significa que a campanha gerou mais receita do que o custo investido. Ao mesmo tempo, monitorar o CAC nos ajuda a entender quanto estamos gastando para adquirir novo cliente, permitindo ajustes nas estratégias para otimizar os investimentos e maximizar os resultados,” completa Zambrin. O profissional garante que os resultados vêm com estratégias personalizadas. Para ele, é preciso estudar a realidade do negócio, realizar a análise do cenário interno e externo e dos objetivos antes do planejamento. “Para uma indústria, estar no Google é importante, mas uma loja de vestuário além do Google, deve apostar no Facebook e no Instagram. Então, para cada cenário existe uma estratégia diferente e uma forma eficiente de mensurar os resultados sobre o investimento”, exemplifica.  Muitas vezes também é necessário ajudar as empresas a se organizar internamente. Segundo Zambrin, os times de marketing e comercial devem alinhar expectativas, e a empresa deve estruturar dados para viabilizar a  coleta de informações. “Se isso não estiver definido, é mais difícil termos claros os resultados de uma ação. É importante calcular sazonalidades e comparar com ações anteriores. O empresário consegue visualizar se diante de um determinado valor investido obteve um percentual de vendas, e se mantiver custos e aumentar o investimento, poderá ter um retorno maior”, diz. Zambrin destaca que, além do retorno financeiro, há outros tipos de resultados importantes, como a geração de lembrança de marca, que é alcançada por meio de estratégias eficazes de distribuição de conteúdo. Outro aspecto crucial é a proteção da marca, que consiste em garantir que ela apareça à frente dos concorrentes nas buscas dos consumidores. “No final, o que realmente importam são a retenção, a fidelização e o encantamento do cliente, transformando-o em um defensor da marca. Um cliente encantado não apenas retorna, mas influencia outras pessoas a consumir os produtos,” conclui Zambrin. Ele acrescenta que esse impacto é refletido no ROI, pois clientes fidelizados e defensores da marca contribuem para um retorno contínuo e sustentável sobre os investimentos em marketing.   Longo prazo Relatório divulgado recentemente pela Nielsen, líder mundial em medição, dados e análises de audiência, mostra profissionais mais otimistas, sendo que 72% esperam maiores orçamentos de publicidade em relação ao ano passado, quando o índice era de 64%. Na América Latina, 76% esperam mais investimento. Isso pode impactar estratégias voltadas para resultados de longo prazo. Pensando no longo prazo, as empresas devem se questionar sobre o crescimento nos próximos anos, manutenção da margem de lucro, entrada em novos mercados etc. É o que diz o escritor e professor Mitsuru Yanaze, que é titular de Marketing e Comunicação da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) e coordenador Geral do Centro de Estudos de Avaliação e Mensuração em Comunicação e Marketing. Para Yanaze, a melhor forma de avaliar métricas é ter claros objetivos e metas. “É preciso saber onde se deseja chegar e quantificar esses objetivos. Isso deve incluir a área de vendas, de marketing e produção, afinal as vendas podem aumentar ao ponto em que produção não dê conta de entregar”, orienta. Uma recomendação do professor é utilizar o modelo de análise ambiental, que permite acompanhar ações da concorrência, situação econômica e comportamento do consumidor. “Não adianta estabelecer uma meta sem considerar as mudanças que ocorrem nessas esferas. Na pandemia as empresas sofreram queda brutal nas vendas, momento em que foi necessário monitorar tudo e revisar objetivos, metas e estratégias. É imperativo analisar o cenário mercadológico nacional, global e stakeholders para planejar ações”, observa. Com relação ao ROI, o professor diz que o recurso é comumente utilizado de forma básica, não retratando adequadamente o retorno. Para ele, deve-se ter em conta o adicional vendido durante a campanha e o faturamento obtido dias depois versus as vendas convertidas antes da campanha. Isso permite saber se uma campanha foi efetiva somente enquanto rodou ou começou a elevar a marca a outro patamar. “Este é o verdadeiro ROI: quanto uma empresa faturou por quanto investiu, considerado uma base anterior e posterior a uma campanha. Qualquer valor positivo significa que houve retorno adequado”, frisa.

Faltam profissionais. Sobram vagas

O problema é praticamente o mesmo em todos os setores: falta mão de obra, e para tentar resolver, empresas remuneram acima da média, oferecem treinamentos para quem se dispõe a aprender e adotam planos de carreira para incentivar a permanência No mesmo país em que trabalhadores disputam um emprego, há empresas com dificuldades para preencher vagas. Neste cenário onde sobram postos de trabalho e faltam candidatos, os patrões é que precisam ir à luta. O ramo de alimentação convive com o entra e sai de funcionários há um bom tempo, mas viu a rotatividade se agravar. Depois da pandemia ficou difícil trazer de volta os que tiveram que ir embora nos meses de portas fechadas e as opções no mercado não se renovaram. “A última coisa que as pessoas querem é trabalhar no setor de bares e restaurantes por causa do horário noturno e dos fins de semana. Está bem difícil contratar e a tendência é piorar”, lamenta o empresário Mairon Sacchi, da Hórus Cervejaria. A cervejaria tem cinco vagas abertas para as funções de garçom, caixa, auxiliar de copa e cozinheiro. “Precisamos de gente em praticamente todos os setores e demora, em média, três meses para conseguir recrutar e contratar”, diz. Depois disso, são mais três meses de treinamento, já que conseguir profissionais qualificados é ainda mais raro. “Toda a nossa equipe é qualificada por nós mesmos”. Esta situação se estende aos colaboradores da fábrica, inaugurada há dois anos. Por lá, embora a rotatividade seja menor, é mais difícil conseguir um profissional pronto no mercado e o tempo de reposição e treinamento chega a um ano e meio. “Meu mestre cervejeiro começou trabalhando para mim como pedreiro e decidiu mudar de profissão. Desde então vem estudando: ele cursa ensino superior e se aperfeiçoando em cervejaria”, conta. Segundo o empresário, um dos motivos que dificultam as contratações é a preferência pelo freelancer em vez do trabalho com carteira assinada. Isso porque o registro implica ganhos menores, já que os encargos trabalhistas são altos. “Tem fundo de garantia, décimo terceiro, INSS, ou seja, grande parte do salário fica retido. E isso não é interessante ao trabalhador de momento. Enquanto o salário-base da categoria é de R$ 1,8 mil mensais, fazendo extra ganha-se, em média, R$ 120 por dia”, cita.  Para o empregador, o ônus de recorrer aos freelancers é a falta de comprometimento com a empresa, correndo risco de ficar sem mão de obra. Para atrair candidatos, a Hórus paga salários e vale-alimentação acima dos valores-base. Já os supervisores contam com planos de saúde. Ainda assim, a dificuldade persiste. “A tendência é piorar. Como solução para suprir a falta de mão de obra, vamos ter que recorrer à tecnologia num futuro breve. Vamos substituir os garçons por atendimento self-service e aplicativos, e na fábrica vamos investir na automatização para garantir processo e padrão”, conclui.   Tecnologia e treinamento Os investimentos em automação e Inteligência Artificial (IA) também surgem como alternativa para as redes supermercadistas que, a exemplo dos bares e restaurantes, sofrem com a crescente rotatividade e escassez de mão de obra. O Grupo Paraíso, detentor das lojas Bom Dia Paraíso e Atacadista Bem Bom, tem deficit atual de cerca de 90 trabalhadores. São vagas das 20 lojas de Maringá e região e nas quatro empresas operacionais. Para dar suporte aos mercados, o grupo conta com depósito central, padaria central, centro de frios e fatiados e entreposto de carnes. No total, são mais de 1,8 mil colaboradores diretos, sendo que a média de permanência é de 4,2 anos.  “Temos vagas para início imediato. Os cargos incluem operador de caixa, repositor e auxiliar de conferente”, cita o diretor do grupo, Wagner Batista. O que faltam são candidatos com habilidades técnicas para preencher o crescente número de vagas. “O setor de supermercados está em constante crescimento. Isso acarreta disputa por talentos, inclusive com outros setores, porque o número de candidatos nem sempre acompanha a demanda”, diz. Este, entretanto, não é o único empecilho. Tem, ainda, a desconexão entre as expectativas salariais e a cultura da empresa, além da concorrência com a informalidade. O horário de trabalho é outro fator desestimulante. Dado o status de serviço essencial à população, a rede funciona todos os dias com turnos rotativos, incluindo fins de semana e feriados. “Este pode ser um impeditivo para muitos candidatos”, acredita o diretor. Mas também há atrativos. O Grupo Paraíso conta com programas de treinamento internos para capacitação e desenvolvimento dos colaboradores e adota plano de carreira e desenvolvimento profissional. Além disso, a rede ajusta as faixas salariais para torná-las mais competitivas e foca num ambiente de trabalho agradável e motivador. “O futuro do trabalho no setor será marcado por grandes transformações impulsionadas por tecnologias, mudanças nas expectativas dos consumidores e novas realidades socioeconômicas”, prevê. Além dos investimentos em tecnologia, o caminho para se destacar nesse cenário, segundo o diretor, passa pela qualificação dos colaboradores e pela retenção de talentos a fim de oferecer aos clientes a desejada experiência de compra personalizada. Não menos importante é estar antenado às questões de sustentabilidade e responsabilidade social, devido à mudança do perfil populacional com o envelhecimento e o aumento da diversidade. “É preciso investir em treinamento e desenvolvimento de funcionários, oferecer um ambiente de trabalho positivo e inclusivo e adotar práticas de gestão de pessoas inovadoras”, diz Batista.   Funcionamento 24 horas A realidade do setor hoteleiro não é diferente. Os empregos em hotéis costumam ser preteridos por causa do funcionamento 24 horas por dia, inclusive em feriados, mesmo quando os salários são superiores ao mínimo estabelecido pelo sindicato, como no Hotel Metrópole de Maringá. “Na hotelaria não temos flexibilidade, pois trabalhamos com disponibilidade e ocupação, precisamos de colaboradores com disponibilidade para atender a demanda do hotel. E na seleção já recebemos candidatos sem comprometimento, querendo escolher salários e horários flexíveis”, conta a coordenadora do Departamento Pessoal e Recursos Humanos, Joselaine Oleide Depieri. O Metrópole conta com 163 apartamentos e, com tamanha estrutura, precisa de 85 colaboradores e quatro aprendizes. Mas há vagas. “Hoje temos cinco vagas abertas: para manutencionista, recepcionista bilíngue, ajudante de cozinha e manobrista. No momento estamos com dificuldade na área da manutenção e recepção”, diz. O maior desafio para contratar, segundo a coordenadora de RH, é encontrar profissionais com experiência em hotelaria dispostos a trabalhar de domingo a domingo com folgas durante a semana. O problema da falta de experiência é contornado com a oferta de treinamento, cujo tempo de duração depende da função e da capacidade do colaborador para aprender. E para compensar a carga horária aos fins de semanas, o hotel oferece salários atrativos. “Acreditamos que mesmo a empresa treinando, qualificando e com salários acima da média, o problema com a mão de obra será agravado, visto que a nova geração de candidatos não quer trabalhar nos finais de semana, feriados e datas comemorativas. Além disso, não estão dispostos a trabalhar com metas e cobranças de padrões”.    O querem os trabalhadores? Para especialistas, a distorção entre vagas abertas e candidatos está atrelada, principalmente, aos ‘novos’ anseios dos trabalhadores. Pesquisas da Great Place to Work indicam que os colaboradores buscam oportunidade de crescimento e desenvolvimento profissional em primeiro lugar. Em seguida, qualidade de vida e depois, valores. O salário é apenas o quarto na lista. “O salário sempre terá seu peso na decisão, mas ao longo da história outros fatores passaram à frente quando falamos em critérios para escolher uma vaga”, explica o embaixador do Great Place to Work e do Great People Ecosystem no Brasil, Hilgo Gonçalves. Os dados indicam que as pessoas estão em busca de empresas que ofereçam flexibilidade para trabalhar - que se encaixa no pilar qualidade de vida – numa tentativa de equilibrar a vida pessoal e profissional. “A tecnologia, e agora a IA, derrubou essa parede invisível de vida, mas trouxe um risco de acumularmos ou mais ‘ócio’ ou mais ‘trabalho’. Como diria o grande Domenico de Masi: ‘o futuro pertence a quem souber libertar-se da ideia tradicional do trabalho como obrigação e for capaz de apostar numa mistura de atividades, onde o trabalho se confundirá com o tempo livre, com o estudo e  com o jogo, enfim com o ócio criativo’. É mais sobre aproveitar as 24 horas de forma produtiva e saudável e menos sobre colocar divisões no dia. E isso exige uma mudança de mentalidade por parte da liderança e dos liderados”, destaca a diretora de Conteúdo e Relações Institucionais do GPTW e Great People, Daniela Diniz. E por falar em liderança, é justamente à postura dos líderes que os especialistas atrelam os acertos ou erros mais comuns das empresas na gestão de pessoas. “O elo que faz as coisas realmente acontecerem, a confiança, o respeito, a transparência, a escuta e o interesse genuíno na pessoa, é a liderança. Então, quando as empresas ‘erram’ ou ‘perdem’ as melhores pessoas normalmente é por falta de uma liderança próxima”, cita Gonçalves.   Permanência A permanência de colaboradores assim como o recrutamento de candidatos é outro desafio gigante. “Estamos vivendo uma epidemia do desengajamento, com pessoas pouco satisfeitas com seus trabalhos e, portanto, saindo rapidamente, aumentando os índices de rotatividade”, diz Gonçalves.  Para reverter a situação e transformar em engajamento, segundo ele, é preciso ter uma liderança que traduza na ponta e na prática, todos os dias, os valores da empresa, exerça escuta ativa, esteja próximo do time, desenvolva e seja mais flexível. “A manutenção dos profissionais nas empresas passa por eles se sentirem bem num ambiente seguro e de confiança e que ofereça oportunidades de crescimento e desenvolvimento. E isso passa pela liderança. Se a pessoa não encontrar isso, a chance de ir embora é grande”. O ambiente é outro fator determinante, porque é no trabalho que são estabelecidas conexões importantes e alcança-se o desenvolvimento profissional. É fundamental, portanto, ter um ambiente seguro, que promova relações de respeito e confiança, fomente a criatividade e desperte o sentimento de pertencimento da estratégia e do sucesso da organização. “A relação precisa ser boa para os dois lados. Quando o colaborador pensa em ficar na empresa apenas pelos benefícios é porque algo não está bem. E isso não fará bem nem para o profissional nem para a empresa. É preciso ter uma conexão maior do que o pacote de remuneração. De toda forma, benefícios precisam existir e serem atraentes”, conclui o embaixador.   BOX LinkedIn: conexões e vitrine profissional Foi-se o tempo em que os currículos chegavam aos departamentos de Recursos Humanos (RH) no papel. A internet encurtou a distância entre pessoas em busca de oportunidades e empresas à procura de profissionais. Começou com o e-mail e chegou às redes sociais. O LinkedIn é a principal ‘vitrine’ dos candidatos a vagas de emprego e, consequentemente, terreno fértil para os recrutadores. “É uma forma ágil e rápida de recrutar pessoas porque os currículos ficam ali estruturados. Se bem utilizada, é uma ferramenta eficiente para criar networking e um canal para o emprego desejado”, afirma o CEO de uma empresa de consultoria de RH e recrutamento, Jeferson Cardoso. Para chamar a atenção dos recrutadores, a orientação é manter o perfil atualizado, com características profissionais e currículo acadêmico. E tão importante quanto as empresas em que trabalhou, é listar as conquistas e os feitos profissionais. “É uma rede social profissional, logo, é um espaço para mostrar as conquistas profissionais, postar certificados de cursos e congressos, fotos de viagens para eventos e reuniões, enfim, falar de questões relacionadas ao trabalho”, ensina Cardoso, que preside a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) em Maringá e ocupa cargo de diretor da Software by Maringá. Por se tratar de uma rede social com foco profissional, não são indicadas postagens de cunho político e ideológico. Por outro lado, acrescenta ele, ganham-se pontos com menções a temas corporativos, como sustentabilidade, e ações voluntárias. “Este tipo de conteúdo eleva o patamar cultural e profissional do perfil”.  O marketing profissional passa, ainda, por apresentação visual por meio de foto atual e sem excesso de filtro. “Não adianta ter 60 anos e colocar uma foto para parecer mais jovem, isso prejudica a análise do gestor. O ideal é postar fotos reais e profissionais, com trajes adequados à profissão ou cargo almejado”. Além de plataforma de empregos, o LinkedIn tornou-se um epicentro de networking e troca de experiências profissionais. Por isso, outra dica valiosa para se manter atualizado e obter insights é seguir perfis de empresas e profissionais referências no mercado. “É uma maneira de se inteirar sobre a cultura organizacional, a linguagem, o ambiente e as conexões das empresas. Recomendo também consumir conteúdo de pessoas relevantes e antenadas, que indicam o futuro do mercado de trabalho”. Profissionais de RH, por exemplo, costumam compartilham conselhos práticos de como desenvolver e enriquecer as habilidades profissionais, bem como ensinamentos sobre como manter talentos e aumentar o engajamento dos funcionários.

Na alimentação, legislação, espaços públicos e organização ajudam

Depois que uma lei permitiu fabricar cervejas artesanais sem caracterizar atividade industrial, setor se fortaleceu; já os food trucks querem retomar participação em feiras e espaços públicos e os churrasqueiros trabalham para agregar valor ao serviço Dentro de uma mesma área, as realidades vividas por empresários podem ser diferentes. É o caso das empresas ligadas à gastronomia que fazem parte do Empreender, programa da Acim. Enquanto os cervejeiros vivem a euforia de terem recebido prêmios nacionais, empresários que trabalham com food truck lutam para reconquistar espaços. Já os churrasqueiros, que têm apresentado nova roupagem, se organizam para se consolidar no mercado. Sócio do Matriarca Pub, Carlos Eduardo Fernandes, que é vice-presidente do Núcleo de Cervejarias (Nucem), decidiu, em 2017 com o sócio Adriano Assis, abrir um pub de estilo inglês e agora se prepara para inaugurar outra unidade: o ‘Bar da Cervejaria’, na avenida Riachuelo. “Apesar de termos inaugurado o pub em 2017, só em 2020 começamos a produzir oficialmente nossas cervejas, já que em 2018 foi aprovada em Maringá a lei dos brewpubs (em português, lei das cervejarias)”, afirma. A lei representou um passo importante para os empresários do setor, que puderam iniciar a fabricação de cerveja artesanal em pequena escala sem que isso caracterizasse atividade industrial, o que fortaleceu o segmento, tanto que o título de melhor cervejaria do país pertence a outra empresa maringaense, a Sabores do Malte. Isso sem contar outros prêmios que os cervejeiros locais acumulam, tornando Maringá uma referência nacional na produção de cervejas artesanais. Fundado em 2015, o Núcleo das Cervejarias conta com 12 membros, que comemoram mais duas conquistas: a lei que institui a Rota Turística das Cervejas Artesanais de Maringá e considera o produto ativo turístico da cidade, e a liberação para venda de cerveja artesanal nas feiras livres do município, que aguarda regulamentação. No ano passado, o núcleo conseguiu viabilizar a realização da segunda edição do Festival das Cervejarias Independentes de Maringá, que reuniu mais de dez mil pessoas em três dias de evento. “Outro espaço importante que conseguimos foi a Maringá Encantada, onde fizemos uma prévia do que esperamos para a Rota da Cerveja. Trabalhamos com gamificação e premiamos os participantes que completaram o percurso com uma caneca personalizada”, diz. Mas também há desafios, em especial a concorrência com o mercado tradicional de cervejas e a dificuldade de superar barreiras econômicas e logísticas para chegar às prateleiras de lojas e, consequentemente, ao consumidor final. “Outro desafio é inserir as cervejarias locais nos grandes eventos da cidade. Ainda existe resistência e não há lei que nos ampare nesse sentido”, explica.   Agregando à tradição Quem também está em busca de conquistar mais espaço no mercado de alimentação são os churrasqueiros, que passaram a integrar o Programa Empreender há mais de três meses. Nos últimos anos, os profissionais ganharam nova roupagem, diferente da imagem tradicional do churrasqueiro com pano de prato nos ombros. Hoje, eles usam técnicas brasileiras e estrangeiras e dispõem de equipamentos que agregam valor ao tradicional churrasco. Alex Antônio é um dos idealizadores do núcleo, que tem cerca de 15 membros. Proprietário da The Best BBQ, especializada em churrasco americano e parrilla, que faz eventos personalizados e vende produtos para defumação, ele conta que o mercado tem se fortalecido, porque o consumidor busca uma experiência diferenciada. “Um dos cortes que faz sucesso no Brasil é o brisket defumado, que é uma parte do peito bovino que para os americanos tem o mesmo valor que a picanha tem para os brasileiros”, explica. Outra técnica que agrada o paladar brasileiro é o uso de lenhas frutíferas, que conferem aroma e sabor às carnes durante o processo de defumação. “É importante dizer que ‘fumaça’ sempre vai se referir à sujeira, por isso, é diferente da defumação, que, em alguns casos, leva até 12 horas. É um trabalho que exige técnica e paciência, mas deixa o prato simplesmente incrível”, afirma. Para o empresário, o desafio do núcleo é continuar ajudando a construir um novo cenário para a área do churrasco e, para isso, ele reconhece que a Acim tem muito a oferecer. “Somos especialistas em churrasco, mas ter um negócio de sucesso vai além, por isso, é fundamental estarmos amparados para conhecermos práticas de gestão, marketing, atendimento e tudo mais”, diz. Os empresários querem um mercado forte e competitivo. “Se engana quem pensa que a concorrência é ruim, pelo contrário, ela ajuda a evoluir e quem ganha é o cliente, principalmente, porque vai ter acesso a uma experiência de excelência”, afirma. Entre conquistas e desafios Proprietária do food truck Crepe’n Roll de crepe francês, Ana Maria Cantadori teve a ideia, em agosto de 2023, de fundar o Núcleo de Food Trucks na Acim. Ela explica que, no passado, existiu uma associação de empresários do ramo, que se desfez e algumas empresas até deixaram de trabalhar com a modalidade. “Vimos novamente a necessidade de nos organizar. Foi aí que dei a ideia do núcleo”, afirma. Maringá foi uma das primeiras cidades do país a regulamentar a atividade de food truck. Até 2020, a atividade vinha crescendo de forma consistente, com locais onde aconteciam as feiras, a participação de food trucks e foram surgindo mais opções na cidade de hambúrgueres, espetinhos, chope artesanal, açaí, tapiocas e massas.  “A regulamentação trouxe mais confiança para os empresários trabalharem e investirem no ramo. Com locais fixos para as feiras como o Parque do Ingá, a praça da Catedral, o Estádio Willie Davids, a avenida Guedner e a praça do Teatro Reviver Magó, fomos nos firmando e fidelizando a clientela”, lembra. No entanto, a pandemia em 2020 e as restrições impostas devido à emergência sanitária fizeram o movimento desarticular e, agora, a realidade é diferente. Segundo Ana Maria, hoje os food trucks estão atuando em espaços privados como condomínios e eventos privados, além de espaços públicos, como a avenida Guedner, porém, com menos expressividade. Para a empresária, um agravante foram os empresários terem perdido temporariamente o acesso à praça da Catedral. “Era um espaço onde o maringaense tinha se acostumado a encontrar food truck, mas com o fechamento para execução da obra do Eixo Monumental, a previsão é o retorno só em dezembro”, lamenta. Outro desafio é lidar com empresas que atuam de forma irregular. “Infelizmente há food truck fora das regras de vigilância sanitária, que atua sem fiscalização ou punição. Isso é grave, prejudica o mercado e as empresas sérias e também coloca em risco a saúde do consumidor”, alerta. Para a empresária, o momento é de recuperar espaços que haviam sido conquistados, se reinventar e se abrir para oportunidades como os eventos corporativos. “É para isso que estamos organizados no núcleo. Nossas reuniões acontecem quinzenalmente e são abertas a todas as empresas do segmento”, finaliza.   Como participar Para fazer parte de um dos mais de 80 núcleos setoriais e multissetoriais do Empreender, é necessário apenas ser associado da Acim. Para conferir os núcleos e empresas participantes, inclusive aqueles citados na reportagem, acesse www.acim.com.br/empreender  

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