0800-600-9595
(44) 3025-9595
Projeto “Tênis para todos” terá aula inaugural nesta sexta
Para Maringá Encantada, ACIM e empresários decoram praça
Escolas de natação e Samu fazem ação de prevenção ao afogamento
Programa Empreender, da ACIM, comemora 23 anos como maior do país
Fátima Iwata receberá prêmio ACIM Mulher; homenagem será em 2024
A PAZ PEDE PASSAGEM
“Só cheguei onde cheguei porque não tenho medo de críticas”
Sem idolatria, tecnologia precisa ser incorporada à educação
De R$ 600 mil a R$ 8 milhões em faturamento

Foi em dezembro de 2012 que Maringá ganhou uma de suas primeiras temakerias, um restaurante especializado na culinária japonesa, servindo especialmente cone de algas recheado com peixe cru e arroz, o temaki. Os jovens empreendedores ainda não sabiam que o negócio cresceria a ponto de ter unidades em outras cidades no Paraná e em São Paulo. A Rock Temakeria foi inspirada em um modelo de fast food que era febre no Rio de Janeiro/RJ e foi trazido para Maringá por um sócio formado em Direito, outro em Administração e um sushiman (que não está mais na operação). O negócio deu certo e atraiu tantos clientes que faturou R$ 600 mil nos primeiros 12 meses. Diante da boa aceitação do público, os sócios passaram a trabalhar para franquear, processo que levou oito meses. “Começamos com a cara e a coragem, mas fomos profissionalizando com ficha técnica, manual de operação, manual de atendimento e outros detalhes importantes para esse tipo de sistema. Em certo momento, tivemos a ajuda de um grupo especializado em formatar negócios, que permaneceu três anos na operação com uma porcentagem do franchising”, conta o sócio Leonardo Gohara.  Ele lembra dois momentos marcantes. Um foi a crise do salmão, em 2017, quando houve escassez e alta no preço do produto em razão da contaminação por um tipo de alga – à época, a temakeria utilizava o peixe importado do Chile em 95% do cardápio. Foi o momento de repensar o cardápio, com outros tipos de peixes. “Iniciamos com base no conceito de temakis, na ideia do fast food. Com o passar do tempo, abraçamos também um modelo de culinária sofisticada, com outros tipos de peixes, tartare, molho de ostras e outras opções”, conta Gohara. Outro momento-chave foi durante a pandemia, quando o negócio agregou uma marca de poke, o Kumbuk. O poke é uma tigela recheada com uma combinação de vegetais frescos, peixes e opções como frutas e carboidratos. O poke foi pensado para a estratégica dark kitchen — ou “cozinha fantasma” —  que nascia naquele momento como um local onde o restaurante prepara refeições exclusivamente para o serviço de delivery. No período de crise global, a operação foi enxugada no número de colaboradores e refez negócios com fornecedores. Hoje a Rock Temakeria & Co fatura cerca de R$ 8 milhões por ano. E em 2022 passou por um processo de rebranding. “Demos uma chacoalhada. Pensamos em melhorar a experiência, trazendo inovações no cardápio, sempre focando na qualidade e frescor dos pratos. E para concretizar isso, colocamos mais atitude na marca e no direcionamento de marketing”. Com 40 colaboradores diretos e 65 indiretos, a Rock está presente em seis cidades, com duas unidades próprias em Maringá, em Londrina, Marília/SP e São José do Rio Preto/SP. As franqueadas ficam em Ponta Grossa e em Curitiba. O público é majoritariamente AB e 70% feminino.

Votos de prosperidade nos negócios

O comércio já começou a contratar para o fim de ano, com previsão de 110 mil vagas temporárias, segundo levantamento realizado em todas as regiões do país pela Confederação Nacional do Comércio. O número é o maior dos últimos dez anos. Em Maringá, o comércio, a exemplo de outras cidades brasileiras, absorve a maior demanda dos 250 a 300 trabalhadores temporários, em média, contratados entre outubro e dezembro. O setor de serviço vem logo atrás. “É uma oportunidade para quem está à procura de emprego e possibilidade de efetivação”, aconselha a economista Juliana Franco Afonso, que é diretora executiva do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem). O número de vagas temporárias acena para uma melhora na confiança dos comerciantes após um tímido desempenho na geração de empregos nos primeiros oito meses do ano: segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Maringá gerou, no período, 5.097 novos postos com carteira assinada, ficando em quarto lugar no ranking do Paraná.  Enquanto o setor de serviços contribuiu para a geração de 48% das vagas, o comércio abriu apenas 4,7%, ou seja, 244 vagas. O número representa queda de 71% no comparativo com o mesmo período de 2022.   Décimo terceiro salário Fim do ano também é o período de pagamento do 130 salário, que deve injetar em Maringá R$ 594 milhões até dezembro, 5,7% a mais que no ano passado. O pagamento beneficia em torno de 174,7 mil trabalhadores do mercado formal, segundo Rais e Caged. O valor médio é de R$ 3.399. Serviços e o comércio são os que mais geram renda extra, visto que concentram 77% dos trabalhadores com carteira assinada. Já aposentados e pensionistas do INSS devem receber em torno de R$ 71 milhões referentes à segunda parcela do 13° salário. “A estimativa não leva em conta autônomos, assalariados sem carteira ou trabalhadores com outras formas de inserção no mercado que, eventualmente, recebem abono de fim de ano, uma vez que não há dados disponíveis sobre esses proventos”, explica a economista. Com mais dinheiro circulando, o consumo naturalmente aumenta, elevando a expectativa dos lojistas por gastos no comércio. Juliana, no entanto, orienta prudência e organização financeira. “A renda extra pode ser usada de forma inteligente pelas famílias. O ideal é primeiro pagar as contas em atraso e sair da inadimplência. Também é importante guardar uma parte como reserva e fazer investimentos visando à geração de renda extra. Por fim, vale a pena fazer umas comprinhas de Natal ou aquela viagem tão sonhada”, diz.    DNA empreendedor Além dos fatores pontuais de fim de ano, evoluções positivas de índices econômicos elevam a expectativa e a confiança do setor produtivo para um 2024 próspero. “No ano que vem teremos maior conhecimento sobre os resultados da política econômica do primeiro ano no plano nacional. Será o sexto ano do nosso governo estadual e o oitavo e último ano da gestão municipal atual. Logo, não teremos grandes surpresas no perfil da gestão. Porém, vale um olhar atento para as eleições”, avalia o professor do curso de Administração da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Vitor Nogami. Para a economista e diretora do Codem, Maringá deve continuar apresentando perspectiva de crescimento, visto que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) maringaense sempre fica acima das médias paranaense e nacional. Entre os fatores que acenam para uma melhora estão as eleições municipais, já que, normalmente, há aumento dos gastos públicos. Além disso, o apoio e incentivo à classe empresarial são, historicamente, pautas de qualquer governo. “Candidatos à prefeitura e prefeitos têm se mostrado preocupados com o desempenho das empresas, pois é a principal fonte de receita do município. Se a economia local vai bem, a arrecadação municipal também vai. Então, acho difícil um candidato construir uma campanha que vá contra os interesses do mercado”, pontua o professor da UEM. Também há expectativa de crescimento das exportações, lideradas pelo agronegócio. Maringá é a segunda cidade do Paraná em exportação e a 14ª do Brasil. De janeiro a setembro, o saldo acumulado é de US$ 2,4 bilhões, superando os US$ 2,1 bilhões de todo o ano passado. A abertura de empresas é outro diferencial. Dados da Junta Comercial do Paraná (Jucepar) apontam Maringá como a terceira cidade do estado no quesito. E por aqui, a cada quatro empresas abertas, apenas uma fecha. “Quando a economia vai bem, tende a ser mais confortável abrir um negócio, uma vez que os juros são acessíveis e o consumo está pujante. Por outro lado, há inúmeros casos de negócios que abriram e fizeram sucesso na crise. Por vezes, no quesito das micro e pequenas empresas, prefiro confiar mais na capacidade do empreendedor local do que no cenário econômico. Maringá é uma cidade com DNA empreendedor”, avalia Nogami.   Cenário macro Apesar disso, o professor da UEM reconhece a importância da conjuntura econômica para o mercado. Entre os indicadores, é fundamental levar em conta a projeção da inflação, taxas de juros, oscilações do dólar e a expectativa do PIB brasileiro. A boa notícia é que no cenário macro as projeções também são animadoras. O PIB, por exemplo, tem previsão de crescimento de 2,26% em 2024, estima o governo federal. Segundo o Boletim Focus do Banco Central, a projeção é que a Selic, atualmente em 12,75% ao ano, termine 2023 em 12,25%. Até junho de 2024 a previsão é que chegue a 10%. “Esta queda mudará significativamente o acesso a crédito e implicará outros tipos de comportamentos. Com maior acesso a crédito, os financiamentos para as empresas aumentam e o consumo dos brasileiros também”, avalia o professor da UEM. Ele ressalta que a queda de juros costuma beneficiar todos os setores. “Em nossa região os setores que têm se destacado e devem continuar assim são: agronegócio, saúde e tecnologia. De acordo com a Pesquisa Data Maringá, podemos esperar um retorno mais efetivo também do varejo e da educação”. Por outro lado, o dólar deve subir, principalmente com o cenário de guerra em Gaza. “São inúmeros os fatores que influenciam o valor do dólar, em especial fatores externos. Tentar prever o valor da moeda americana tem se mostrado um exercício que implica equívocos”, pontua Nogami. Outro índice que vai na contramão da taxa de juros é o da inflação, mas ainda assim, segundo o professor da UEM, deve se manter sob controle. “Aparentemente, aprendemos com a lição após a crise inflacionária dos anos de 1980 e início dos anos de 1990. Também já é conhecimento adquirido do mercado que os ciclos econômicos vêm e vão”. Confiantes nisso, e no trabalho de planejamento, empresas de Maringá estão investindo em ampliação, modernização e diversificação.    Da fazenda para cafeteria O aroma e o sabor singulares do café Tamura agora têm endereço próprio. Foi inaugurada em setembro a primeira loja física da marca, na Zona 4 de Maringá, região povoada por escritórios, clínicas e hospitais. O ponto conta com forte apelo histórico. O imóvel, que passou por ampla reforma, pertencia a uma família de pioneiros. “Tentamos preservar a estrutura original para termos memórias das vidas que aqui passaram”, revela Michael Tamura, quarta geração da tradicional família de cafeicultores e à frente do negócio. Segundo ele, o projeto da loja própria era estudado há, pelo menos, cinco anos. “Foram dois anos só para conseguirmos o ponto ideal e definirmos o modelo”, diz. O conceito eleito foi o farm to table (da fazenda para a mesa), resultado da busca por referências mundo afora, com a ideia de levar o café produzido nas fazendas direto para a cafeteria. “Somos a única marca maringaense que produz o próprio grão. Acredito nesse apelo e na nossa proposta de negócio”, diz. Os grãos do Café Tamura são produzidos, auditados e certificados na região do Cerrado Mineiro, em Minas Gerais. O certificado é dado apenas aqueles que alcançam acima de 80 pontos (na escala da SCA - Special Coffee Association), tendo como critérios defeitos nos grãos, notas aromáticas, classe e tipo de espécies, formato do grão, granulometria, sabor, bebida, cor, existência de misturas e qualidade.  “Controlamos o processo produtivo, desde a produção ao serviço na mesa dos consumidores. Esta é a principal garantia de um café especial com o mesmo padrão de qualidade”, explica. Além disso, a loja física é uma oportunidade de estreitar o relacionamento com os clientes que, segundo Tamura, buscam conhecer o que está por trás da marca. “Teremos a oportunidade de difundir a nossa narrativa, a história da empresa e da marca”. Marca, aliás, que passou por rebranding para simbolizar a nova fase. O investimento em comunicação visual – tanto da loja como dos produtos - ultrapassa R$ 100 mil. E os investimentos não param aí. Até o final do ano uma segunda loja deve ser aberta em Maringá, desta vez com um conceito mais urbano, porém com o mesmo cardápio. Também estão previstas a expansão do mix e capacitações do público e dos colaboradores sobre o café. Em breve, os apreciadores do café especial ainda terão a oportunidade de conhecer o processo produtivo em uma microtorrefação que será aberta na cidade. No campo, a marca está à procura de fazendas parceiras que possam ofertar cafés com diferentes perfis aromáticos e notas no paladar, além de investir na diversificação dos grãos. Foi incluída no portfólio a variedade Geisha, recém-divulgada no mercado brasileiro. “As condições financeiras de mercado não são as melhores, mas o setor está expandindo”, conclui Tamura.    Investir para crescer Há quase quatro décadas atuando no mercado de logística e distribuição, a Arilu Distribuidora também decidiu que era hora de colocar em ação os projetos de expansão. Com investimento inicial de R$ 54 milhões, a empresa está construindo um centro de distribuição que será inaugurado no primeiro semestre de 2024, “Como várias empresas locais, a Arilu iniciou as atividades com um pequeno negócio, que foi expandido. As instalações foram se adequando à medida do crescimento, porém chegou a um ponto que não temos como expandir fisicamente e isso começou a prejudicar o planejamento de crescimento, por isso decidimos investir em um novo espaço”, conta o CEO Ariovaldo Costa Paulo. Em construção desde outubro do ano passado, o espaço fica em Paiçandu, onde está a sede da empresa. O terreno foi estrategicamente escolhido. “Precisávamos de uma área de aproximadamente 100 mil metros na margem de rodovia e de fácil acesso. Não foi fácil achar uma área com estas características”, revela Costa Paulo. Na primeira etapa, estão sendo erguidos 23 mil metros quadrados, com 23 docas para caminhões, praticamente o dobro dos 11 mil metros quadrados do imóvel atual. A obra é sustentável, com captação de água da chuva e usina de energia solar que vai suprir 100% da demanda. Além da ampliação física, o novo espaço representa um avanço em inovação, tecnologia e logística. O investimento inclui softwares que vão acelerar o sistema de distribuição. Hoje a empresa leva no máximo 36 horas para fazer entregas em 275 municípios paranaenses. Em alguns itinerários, o tempo máximo é de 24 horas. “Teremos uma usina de energia solar de três mega, porta-palete de 13 metros de altura e fracionamento de produtos com 12 estações de check-out. Já a automação de separação de produtos ficará para a segunda etapa”, explica o CEO. Com o investimento, a empresa alavanca a meta ambiciosa de triplicar o faturamento até 2026. Futuramente, a ideia também é ampliar a área de atuação. Por enquanto, os serviços seguem sendo prestados no norte do Paraná. “Várias indústrias nos procuram para fazer a logística e distribuição, mas devido ao limitado espaço físico, acabamos declinando, o que vamos resolver com o novo centro de distribuição”, diz Costa Paulo. A empresa conta com carteira de clientes formada por 40 indústrias, 200 marcas e dois mil itens, distribuídos em sete mil pontos de vendas. Dos 530 colaboradores, quase 200 são vendedores. Os 190 que trabalham na distribuição receberão reforço de 50 profissionais que serão contratados. “Teremos tempos difíceis pela frente, com queda nos preços das commodities, alta do dólar e baixo poder de compra do consumidor. São situações que preocupam, mas já tiveram tempos piores. O momento não está propício para investimentos, mas no nosso caso é uma necessidade para continuar crescendo”, pontua. Oportunidade de mercado No caso da família Nagao, a decisão de abrir a quarta loja da Usaflex em Maringá acompanha o plano de expansão e rebranding da marca de calçados femininos no cenário nacional. Hoje são 280 lojas no país, com o objetivo de chegar a 350 lojas em 2023. “Este é o melhor momento da marca em termos de modernização e tecnologias. O objetivo da reformulação é expandir os públicos, afastando a ideia de calçados para senhoras, por meio de modelos que aliam beleza, design e conforto”, explica Thiago Kendi Nagao, responsável pela administração da loja recém-inaugurada no Maringá Park Shopping Center. Segundo ele, a decisão de abrir a unidade foi tomada há quatro meses quando surgiu uma oportunidade de ponto no shopping. Desde 2012 a família Nagao representa a Usaflex na cidade, sendo que as outras operações estão instaladas nos shoppings Avenida Center e Catuaí, e na avenida Duque de Caxias. A nova loja tem 70 metros, além do ambiente de estoque e administração. A operação iniciou as atividades gerando sete empregos e recebeu investimento de R$ 400 mil, com previsão de retorno, de acordo com Nagao, de dois anos. Para seguir o planejamento, embora a inauguração não tenha sido estrategicamente pensada, o empresário espera boas vendas na reta final de 2023. “A expectativa é alta. Tanto que pretendemos abrir vagas temporárias até dezembro”, diz. “Frequentemente nas mídias ostentando o título de cidade maravilhosa para se morar, Maringá está crescendo e atraindo públicos com boa renda mensal e aumentando a renda per capita. Isto favorece os negócios locais”, conclui o empresário.   Maringá Encantada Além de propagar o clima natalino, a Maringá Encantada é uma aliada dos lojistas nas vendas de fim de ano. Com o tema ‘Preservando a Magia do Natal’, a campanha começará em 15 de novembro e se estenderá até 7 de janeiro de 2024. A abertura será na praça da Catedral, a partir das 18h, com apresentação da Orquestra da Unicesumar e Coral do Colégio Adventista. Na sequência, está programada a chegada do Papai Noel, com o acendimento das luzes e a entrega da chave da cidade. A banda Roupa Nova fechará a noite com um show às 20h30. A abertura da Maringá Encantada nos distritos de Floriano e Iguatemi ocorrerá nos dias 17 e 18, respectivamente, a partir das 19h. No dia 24 de novembro, terá início a programação no Parque do Japão. A Vila do Papai Noel, que terá apoio da ACIM e estará na Praça Napoleão Moreira da Silva, funcionará entre 15 de novembro e 24 de dezembro, de segunda a sexta-feira das 17h até a meia-noite, e aos sábados e domingos, das 14h às 2h. A praça da Catedral terá roda gigante, carrossel, feira de artesanato, espaço gastronômico e atrações culturais. O Mercadão, na avenida Prudente de Morais, sediará a Feira da Economia Criativa. Neste ano, as decorações natalinas são feitas de bambu. Outra novidade é o ‘Show das Águas Dançantes’, um espetáculo noturno que ocorrerá entre 25 de novembro e 9 de dezembro no Parque Alfredo Nyffeler (Buracão). Uma banda natalina se apresentará em ruas, avenidas, praças e parques entre 15 de novembro e 24 de dezembro, além de cerca de 50 apresentações e espetáculos teatrais e musicais temáticos. “A Maringá Encantada é um marco no desenvolvimento turístico e econômico da cidade. Neste ano, a festa ganhou mais visibilidade nacional com a conquista da ′Marca Brasil′, identidade visual concedida pela Visit Brasil, gerência da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo. Com isso, o evento que recebe milhares de visitantes passa a fazer parte do calendário oficial do turismo brasileiro”, destaca o vice-prefeito e secretário de Aceleração Econômica e Turismo, Edson Scabora.

Onde e como comunicar? Eis grandes desafios

As plataformas digitais, de fato, apresentam capacidade de alcance e interação grandes e mensuráveis. Isso não significa, porém, que as mídias tradicionais (TV, rádio, outdoor, revista, cinema, entre outros), chamadas offline, vão desaparecer. Muito menos que deixaram de apresentar resultados. Pelo contrário, todos os canais têm alcance de acordo com a sua especificidade, o que variam são os objetivos e público de interesse. É o que afirma o publicitário e diretor da Lettera Comunicação e Marketing, Carlos Eduardo Peinado, ao destacar que as micro e pequenas empresas estão em um processo de adaptação a esse novo universo. E nesse contexto de possibilidades, tanto os empresários quanto os profissionais de Marketing se deparam com um desafio: escolher mídias para investir e conteúdos para transmitir. A primeira dica do especialista é ter, pelo menos, um pouco de conhecimento técnico, além de investir esforços em planejamento e criatividade para direcionar a comunicação. “Tudo precisa estar conectado, desde uma arte para outdoor a uma campanha de tráfego. Sem contar que toda ação deve estar alinhada ao objetivo e às características da marca”, ressalta. O entendimento claro do produto/serviço, dos consumidores e das mídias também é essencial nesse processo. A partir daí, Peinado diz que se torna viável a tomada de decisão. “No intervalo comercial da TV aberta tem muita empresa nativa digital, como TikTok, Meta e Mercado Livre, entre os anunciantes. Elas optam por investir em campanhas na mídia off para falar com pessoas que o algoritmo não alcança ou com aqueles que não conhecem o serviço. Isso é estratégia com embasamento”, exemplifica. O grande erro das micro e pequenas empresas, na avaliação do publicitário, é buscar fórmulas por falta de dedicação para estudar, planejar, ser resiliente nas ações de marketing e analisar os resultados. “Uma campanha não pode ser medida somente com um olhar sobre o caixa, porque só identificar vendas é simplista. Além disso, não dá para esperar que curtidas se transformem em conversão de vendas”, cita. É preciso observar variáveis que vão além das métricas disponíveis nas plataformas digitais. “Só propaganda não coloca o produto/serviço na mão do consumidor. É preciso avaliar se a jornada de compra está fluindo, porque não adianta atrair o cliente se não o atender de forma satisfatória, se o produto não é atrativo e se o pós-venda não mantém o relacionamento”, enfatiza.   Na prática Valber José Pedroso assumiu a gestão da Casa de Churrasqueira há oito anos e, desde então, passou a investir em mídias tradicionais, como TV, rádio e outdoor. “Valorizo a divulgação da marca, de produtos e de serviços em veículos que tenham credibilidade”. Como muitos micro e pequenos empresários, inicialmente ele cuidava do Marketing. À medida que o negócio se estruturou, percebeu que seria necessário profissionalizar a comunicação, e foi o que fez. Há dois anos, o departamento conta com uma equipe que desenvolve o planejamento estratégico e inclui a empresa no ambiente online, com site e mídias sociais. Outra medida foi estabelecer critérios para direcionar investimentos em anúncios e conectar as campanhas on e off. “Decidimos continuar com os veículos tradicionais porque eles atraem clientes e ajudam a manter a marca lembrada”, argumenta. Os investimentos em marketing somam 4% do faturamento. “Anunciamos o ano todo, e em períodos sazonais aumentamos quatro vezes a frequência de divulgação. Estamos felizes com os resultados e a expectativa é ampliar os investimentos”.   Conteúdo e engajamento Para desenvolver conteúdos que encontram o ponto entre aquilo que a empresa quer comunicar e o que o público quer consumir, a empresária e membro do Núcleo de Marketing do programa Empreender da ACIM, Giselle Cancine Pupio, ressalta a importância da clareza na definição tanto da marca quanto das funcionalidades das mídias. “É preciso entender os objetivos da empresa e dos canais”. Giselle também aconselha conhecer o perfil do público-alvo, mapeando a jornada de compra. “A partir desses entendimentos é possível organizar um calendário de postagens e conteúdos que atendam aos momentos de cada etapa do cliente. É preciso pensar nos produtos e serviços com os olhos do cliente, porque isso descomplica a produção de conteúdo”, enfatiza ela, que é proprietária da Montex, agência de marketing e branding. As dicas são produzir campanhas que conversem com o público, que tirem dúvidas, gerem valor e informação e destaquem os diferenciais da marca, despertando o desejo de compra. “Muitos fazem conteúdo, mas não falam de venda e, assim, não vendem na internet”, alerta. Uma sugestão é aplicar vários formatos para um mesmo conteúdo, como texto, vídeo, foto, ilustração, depoimentos e histórias. “Só lembre de acompanhar as tendências da internet, que passam por rápidas e constantes mudanças. Textos e vídeos de hoje, por exemplo, são completamente diferentes de três anos atrás”. Já para obter engajamento, que é a participação ativa dos consumidores junto à marca, determinando a boa performance, a especialista diz que não dá mais para separar o mundo digital do físico e do social. Inclusive, o termo “figital”  expressa essa fusão. “Hoje as empresas passam a entender ‘quem sou’ e não apenas ‘o que eu vendo’, ‘com quem me relaciono’ e não apenas ‘quem são meus clientes’. Se essa adaptação estiver presente nas mídias on e no ambiente físico, potencializa resultados. Ou seja, o envolvimento vai além das vendas, curtidas, comentários, compartilhamentos, entre outros”. A empresária avalia ainda que os erros mais comuns em conteúdo e engajamento é querer falar com todos ao mesmo tempo e não equilibrar a abordagem entre campanhas de vendas e de conteúdo. “Outra atitude que dificulta a produção é terceirizar o Marketing no sentido de não acompanhar processos e só esperar para ver os resultados. Este é um setor importante para ser deixado de lado, e o melhor caminho é unir o conhecimento do empresário, que tem a visão global e profunda do negócio, e a equipe especializada em comunicação”. Para dar conta de tantas tarefas com recursos escassos, como é a realidade da maioria das micro e pequenas empresas, Giselle sugere que primeiro sejam definidas as prioridades e, depois, estabeleçam poucas ações que poderão ser bem executadas. “Se optar por investir na mídia online, por exemplo, contrate profissional, estabeleça metas, combine prazos, envolva a equipe no processo de conversão, faça follow-up (acompanhamento) e avalie os números constantemente. Se for investir no tradicional (offline), faça o mesmo”, orienta.   Marketing de influência O publicitário Luiz Henrique Paniça Lemos, que também é especialista em Gestão Estratégica de Marketing e criador de conteúdo digital, reforça que uma boa alternativa são os influenciadores. “Se bem escolhidos, eles podem agregar visibilidade e autoridade. Além disso, a empresa que está aberta a novas possibilidades demonstra visão de futuro”, argumenta. Lemos ressalta que os influenciadores funcionam para qualquer nicho e aumentam as chances de alcance e engajamento nos posts, porque atuam como endossantes da marca. “É como se eles estendessem a autoridade em determinado setor para o seu negócio, mas é preciso escolher profissionais que tenham credibilidade junto ao público-alvo da empresa”, enfatiza Lemos, que atua como influenciador, administrando o perfil @dicionariomaringaense. Ele ressalta ainda que é preciso observar se o influencer tem engajamento proporcional ao número de seguidores, se tem proposta de conteúdo, visão de mundo, valores, princípios e público semelhante às expectativas da empresa, e se não apresenta repercussões negativas. “Não fique preso aos influenciadores com milhares de seguidores. Muitas vezes aqueles com menos seguidores, mas com autoridade em determinados nichos e abrangência no município de atuação da empresa, são opções viáveis”, explica. Lemos alerta ainda que muitos empresários esperam grandes volumes de vendas logo após a realização de campanhas com influenciadores, mas nem sempre isso acontece com uma única ação. Além disso, há outros fatores que podem interferir nos resultados, como a escolha do profissional, problemas com produto e preço ou até o timing errado de divulgação. “Todos esses fatores podem travar as vendas mesmo com uma comunicação bem-feita e assertiva”, reforça.   Estratégias de conteúdo para conquistar engajamento e autoridade: Torne os stories mais humanos mostrando situações do dia a dia, curiosidades e transparência nas relações. Evite artes Conte histórias. Isso faz com que as pessoas queiram acompanhar o conteúdo Direcione a próxima ação do usuário. Essa também é uma forma de convidá-lo a continuar consumindo o seu conteúdo e interagindo com os posts Fique atento às tendências, como “antes e depois” para tornar o conteúdo mais agradável Faça conteúdos com artes, fotos e reels para o feed do Instagram. O objetivo desse campo é alcançar novas pessoas Provoque emoções porque isso faz com que o público interaja em vez de somente rolar a tela em um “loop infinito” Demonstre que entende daquilo que vende, porque isso constrói confiança Seja constante nas publicações Responda aos comentários para mostrar que existe um humano atrás da máquina e para manter a interação. Lembre-se de que comentário também é conteúdo Foque em construir autoridade, porque este é o grande motivo de obter alcance e engajamento por meio dos conteúdos. E é a autoridade que converte seguidores em clientes. Fonte: Luiz Henrique Paniça Lemos, publicitário

Ver mais

ACIM - ASSOC. COM. E EMPRESARIAL DE MARINGÁ, CNPJ 79.129.532/0001-83, RUA BASÍLIO SALTCHUCK, 388 CEP 87.013-190 CENTRO - MARINGÁ PR

Cookies: nós guardamos estatísticas de visita para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade.