Junho Roxo: Quando o cuidado multidisciplinar transforma vidas no tratamento do lipedema

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Você já ouviu falar de lipedema? Apesar de afetar cerca de 11% das mulheres, a doença ainda é pouca conhecida fora dos consultórios.

O Junho Roxo simboliza o mês de conscientização sobre o lipedema, uma doença que, apesar de atingir milhares de mulheres, ainda vive escondida atrás de mitos, diagnósticos errados e muita dor emocional.

O lipedema é uma doença crônica, progressiva, inflamatória, marcada pelo acúmulo desproporcional e doloroso de gordura nos braços e nas pernas. levando a hematomas fáceis, sensação de peso e dores que impactam a vida física e emocional.

A médica Glaucia Peron (CRM 18296-PR) vivencia esta realidade frequentemente em sua clínica. “Como médica que vive essa realidade, quero abrir meu coração para você que talvez nunca tenha ouvido falar sobre isso ou quem sabe esteja sofrendo em silêncio. Muitas mulheres contam que, além do corpo, enfrentam a dor emocional de se olhar no espelho e não se reconhecer. O lipedema não é causado por sedentarismo ou falta de força de vontade. Ele não desaparece com dietas milagrosas ou horas de academia. Este é justamente o ponto que tantas mulheres trazem ao chegar no consultório: a frustração e o sentimento de culpa por não conseguirem resultados mesmo tentando de tudo”, comenta.

Na clínica, as pacientes são tratadas de forma multidisciplinar. “Tratar lipedema não é tarefa de uma pessoa só. Eu não estou sozinha nessa missão: ao meu lado, caminham a nutricionista Maise Mochi e a esteticista Talita Bim, que, com carinho, técnica e conhecimento, ajudam a construir um tratamento integrado para cada paciente”, conta.

O manejo do lipedema envolve muitas frentes. “No consultório, ajustamos o perfil hormonal, utilizamos bioestimuladores, tratamentos estéticos e clínicos avançados. Na nutrição, Maise trabalha com planos anti-inflamatórios personalizados, focados em reduzir edema, modular o intestino e melhorar a resposta do organismo. Na estética, Talita atua com drenagens linfáticas especializadas, protocolos específicos para o tecido comprometido, tecnologias que ajudam a aliviar dor e melhorar a qualidade da pele”.

O resultado não envolve apenas diminuir medidas, e sim devolver movimento, confiança, autoestima. “É permitir à mulher se olhar no espelho e finalmente reconhecer um corpo que não dói, que não limita, que não carrega mais o peso do julgamento”, afirma.

Junho Roxo não é apenas uma campanha colorida. Ele é um chamado para romper o silêncio, para que mais mulheres saibam que o que sentem tem nome, diagnóstico e, principalmente, tratamento.

É preciso falar do lipedema nos consultórios, nas redes sociais, nas rodas de conversa. É preciso garantir que mulheres saibam que não estão sozinhas, que existem caminhos terapêuticos e que a dor não é apenas estética. É médica, é real, é tratável.

Compartilhe, informe, pergunte. Junho Roxo é um chamado para todos nós.

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